01 – Jimi Hendrix– Guitarrista (canhoto), vocalista e compositor afro-americano, nascido em 27/11/1942. Considerado o mais inovador e criativo de todos os guitarristas conhecidos, poder-se-ia dizer que seu estilo era uma mescla da criatividade e experimentalismo de Jimmy Page, da técnica e rapidez de Jeff Beck, da sensibilidade bluesística de Eric Clapton, e da energia explosiva de Pete Towshend (The Who). Hendrix Iniciou sua carreira obscuramente tocando para artistas já consagrados como B. B. King, Sam Cooke, Little Richard e Ike & Tina Turner. Sua Carreira deslanchou depois que se mudou para a Inglaterra; e quando explodiu no cenário do blues rock britânico, foi finalmente reconhecido em sua terra natal. Suas impactantes performances nos festivais de Monterey (1967), Woodstock (1969) e na Ilha de Wight (1970), o imortalizaram como o maior guitarrista de todos os tempos. Jimi Hendrix, canhoto, normalmente tocava com uma Fender Stratocaster e às vezes variava com uma Gibson Flying V, utilizando um modelo para destros com seu encordoamento invertido. Dentre seus inúmeros recursos ao tocar, destacava-se o uso do pedal “wah wah”, por ele popularizado, que lhe permitia dar um timbre diferenciado em seus solos ao usar os bends e legato (ligar notas sucessivas sem deixar espaço) na escala pentatônica do blues. Explorou os efeitos de amplificadores distorcidos e crus enfatizando os agudos que lhe permitiu desenvolver a técnica (antes rejeitada) da microfonia. As influências de Jimi Hendrix basicamente vieram do blues e rock & roll, dos velhos mestres como Chuck Berry, T-Bone Walker, Buddy Guy, B. B. King, Albert King, Elmore James e Muddy Waters. Guitarristas de rhythm & blues e soul como Curtis Mayfield e Steve Cropper, também o inspiraram. Os guitarristas de blues rock que se espelharam em Hendrix foram inúmeros, posso citar alguns para ilustrar, Eric Clapton, Robin Trower, Johnny Winter, Rory Gallagher, Gary Moore, Billy Gibbons (ZZ Top) e Stevie Ray Vaughan. Seus hits já estão implantados no inconsciente coletivo do rock, vale citar “Hey Joe”; “Little Wing”, “Sunshine Of Your Love”, “Wild Thing”, “Voodoo Child (Slight Return)”, “Foxey Lady”, “Hear My Train A Comin’” e “Red House”. Todos os seus álbuns valem a pena ouvir, destacando os essenciais Are You Experienced (1967); Axis: Bold As Love (1967); Eletric Ladyland (1968); Band Of Gypsys (1970); The Cry Of Love (1971); e Live At Winterland. Jimi Hendrix morreu precocemente aos 27 anos, em 18/09/1970.
02 – Eric Clapton – Guitarrista, vocalista e compositor inglês, nascido em 30/03/1945. Conhecido como “slow hand” (mão lenta) graças à sua demora em trocar as cordas da sua guitarra barata que constantemente se quebravam durante os shows dos Yardbirds em meados dos anos de 1960. Outra versão para seu apelido seria relacionada à sua técnica sensível e primorosa, pois Clapton sempre argumentou que para tocar blues a simplicidade e o feeling seriam mais importantes do que velocidade e o virtuosismo técnico defendidos por guitarristas como Eddie Van Halen. Clapton desde adolescente se rendeu ao blues, seu aprendizado inicialmente foi penoso, quase desistiu (imaginem!), mas perseverou e aprendeu os primeiros acordes de blues escutando os velhos discos importados da América. A seqüência de sua carreira foi quase que impecável ao passar inicialmente pelos Yardbirds; John Mayall’s Bluesbreakers; Cream; Blind Faith; Delaney, Bonnie & Friends; Derek And The Dominos e carreira solo que perdura até hoje com alguns raros deslizes em suas gravações. Clapton participou de diversos discos de bandas de rock hoje consagradas, um de suas contribuições mais famosas foi no White Álbum (álbum branco) dos Beatles, é ele que faz o solo na faixa de autoria de seu amigo George Harrison, “While My Guitar Gently Wheeps”. Seu modelo de guitarra preferencial é a Fender Stratocaster, apesar de ter utilizado muito no passado a Gibson SG e a Gibson Les Paul. Eric Clapton é sinônimo de blues e vice-versa, todos sabem de sua adoração pela obra do lendário Robert Johnson, como também da sua admiração por outros mestres guitarristas do blues como Freddie King, Otis Rush, Buddy Guy, Muddy Waters, B. B. King, Albert King, Lowell Fulson, etc. A obra de Clapton foi de essencial contribuição para a divulgação e sobrevivência do blues por quase meio século. Volta e meia ele tenta se libertar um pouco das amarras bluesísticas, mas não resiste e volta às origens. O blues se confunde com sua própria vida. Selecionar seus principais trabalhos irá tomar muito espaço, seria mais fácil citar suas poucas mancadas ao se aventurar pelo country rock ou pop music. Mas aqui vai alguns discos essenciais do slow hand, começando com os Yardbirds: “Five Live Yardbirds (1964)”, “For Your Love” (1965); com John Mayall’s Bluesbreakers: Bluesbreakers With Eric Clapton (1966); com o Cream: Fresh Cream (1966), Disraeli Gears (1967), Wheels Of Fire (1968); com Blind Faith: Blind Faith (1969); com Derek And The Dominos: Layla And Other Assorted Love Songs (1970), In Concert (1973); carreira solo: Eric Clapton (1970), 461 Ocean Boulevard (1974), Slowhand (1977); Just One Night (1980), Journeyman (1989), os indispensáveis Unplugged (1992) e From The Craddle (1994); Riding With The King – com B. B. King - (2000) e o excelente Clapton (2010); vale destacar também o trabalho impecável em parceria com J. J. Cale em The Road To Escondido (2006).
03 – Jimmy Page – Guitarrista, baixista, bandolinista e compositor inglês nascido em 09/01/1944. Um dos guitarristas mais conhecidos do rock pesado, rivalizando no gênero apenas com Ritchie Blackmore e Tony Iommi. Eclético, iniciou sua carreira ainda adolescente participando como guitarrista acústico em bandas de Skiffle e posteriormente como músico profissional em estúdios de gravação participando de inúmeros discos de bandas de rock britânicas de várias vertentes e até mesmo norte-americanas em meados dos anos de 1960 quase que no anonimato. Para citar algumas de suas contribuições, é dele o ritmo em “You Really Got Me”, “All Day And All Of The Night”, “Tired Of Waiting For You” dos Kinks (1964-65); em “Sunshine Superman” (1965) de Donavan; nas faixas “I Can’t Explain” (1965) do The Who; em “You Don’t Believe Me” dos The Pretty Things; nas faixas “I Tried” e “I Can’t Quit You Baby” (1966) do então The Savoy Brown Blues Band; em “Somebody Help Me” e “Hard Hard Year” (1966) dos Everley Brothers; nas faixas “Baby Please Don’t Go”, “Here Comes The Night”, “Call My Name”, “Bring ‘Em On In” e “Mistic Eyes” (1964-66) do Them; em “Blue Turns To Grey” (de 1964), “One Hit (To The Body)” e “Back To Zero” (1986) dos Rolling Stones, etc. The Yardbirds foi a primeira banda oficial de Jimmy Page; mas antes disso, a banda contava simplesmente com Eric Clapton na guitarra solo, substituído por Jeff Beck, pouco depois. Convidado por Beck, Jimmy Page passa a ser o baixista da banda, mas devido ao talento de Page, Chris Dreja teve que assumir o baixo deixando a segunda guitarra para o novo integrante. Com a dissolução gradual do grupo ocorrida definitivamente em 1968, Page resolveu seguir com uma nova formação chamada The New Yardbirds, que se tornaria conhecida mundialmente como Led Zeppelin. Nessa nova fase, Jimmy Page desenvolveu toda a sua criatividade na guitarra em experimentos musicais até então inéditos, valendo-se de toda sua experiência como músico de estúdio para explorar todos os recursos e sonoridades possíveis nas gravações dos discos do Led Zeppelin, efeitos que às vezes se tornava impossível de se reproduzir nos palcos, como os obtidos em “Whole Lotta Love”. Em todas as gravações do Led Zeppelin, as guitarras elétricas ou acústicas de Page são marcantes, além da faixa já citada anteriormente destaco também, “Good Times Bad Times”, “Living Loving Maid (She’s Just A Woman)”, “Communication Breakdown”, “Imigrant Song”, “Ramble On”, “Rock And Roll”, Black Dog”, “Stairway To Heaven”, “Trampled Under Foot”, “Nobody’s Fault But Mine”, etc. Toda a discografia oficial do Led Zeppelin é recomendada, mas são essenciais os discos Led Zeppelin I e II (1969), IV (1971) e o duplo Physical Graffiti (1975).
04 – Jeff Beck – Guitarrista, baixista e compositor inglês nascido em 24/06/1944. Certamente um dos maiores guitarristas do rock; para muitos, acima dele só estariam Jimi Hendrix, Eric Clapton e Jimmy Page; mas há controvérsias. Seu temperamento difícil, atribuído geralmente aos gênios criativos, é tão conhecido quanto a sua habilidade na guitarra. Aliás, outra habilidade de Beck é a mecânica de automóveis, um de seus hobbys favoritos, quando não está tocando. Seus modelos preferidos de guitarra são a Fender Stratocaster e a Gibson Les Paul. A principal característica de Jeff Beck é que normalmente toca sem palheta, ao contrário da maioria dos seus colegas do rock, como também a exploração criativa do pedal wah wah e do vibrato característico em seus solos. Beck começou a se destacar no Yardbirds na segunda metade dos anos de 1960 substituindo Eric Clapton que acabara de sair, chegando a tocar no mesmo grupo com Jimmy Page. Pouco mais de um ano depois (1968) formou sua própria banda, o Jeff Beck Group, que durou até 1972, muito respeitado pela crítica, mas sem sucesso comercial. Em 1973, forma um respeitável power trio com Carmine Appice (bateria) e Tim Bogert (baixo e vocais), ex-membros do Cactus. O trio Beck, Bogert & Appice, apesar gravar dois ótimos discos, durou apenas um ano. A partir daí Jeff Beck partiu para uma produtiva carreira solo, desenvolvendo um som mais instrumental mesclado principalmente com elementos de rock e jazz que obteve boa aceitação por parte da crítica e público até hoje, ainda que alternando com alguns poucos trabalhos duvidosos que não fizeram justiça à sua fama. As maiores influências de Jeff Beck foram os também guitarristas Hank Marvin (The Shadows), Roy Buchanan, Chet Atkins, Django Reinhardt, Steve Cropper, Lonnie Mack e John Mclauglin. Os discos indispensáveis de Jeff Beck, ao meu ver, são: Toda a discografia do Yardbirds da qual ele participou; o trabalho solo em seguida: Truth (1968); com o Jeff Beck Group: Beck-Ola (1969) e Rough and Ready (1971); o dois no Beck, Borget & Appice (de estúdio e o ao vivo no Japão, ambos de 1973); e os da nova carreira solo, Blow By Blow (1975), Wired (1976), Who’s Else (1999), Jeff (2003), Performing This Week...Live At Ronnie’s Scott (2008) e Emotion & Commotion (2010).
05 – Peter Green – Guitarrista, baixista, gaitista, compositor e vocalista inglês nascido em 29 de outubro de 1946. Na minha humilde opinião o maior e mais subestimado guitarrista branco de blues de todos os tempos, só sendo superado por Eric Clapton. Dono de extrema sensibilidade para tocar e compor, Green teve sua carreira interrompida precocemente no auge da fama devido ao seu envolvimento pesado com drogas, principalmente LSD e repentino misticismo, que o levou à depressão, paranóia e a esquizofrenia no início dos anos de 1970. Ensaiou seu retorno aos palcos a partir do ano de 1979 alternando discos bons e razoáveis até 1987, quando tendo uma recaída se ausentou por um longo período permanecendo na obscuridade e cuidado por amigos íntimos, só retornando em 1997 com o Splinter group. Green se mantém em atividade até hoje apesar de suas raras performances serem ainda um tanto inseguras devido aos medicamentos que é obrigado a tomar, mas geralmente está acobertado por bons músicos que compõem o Peter Green & Friends. O próprio Green reconhece que tanto as drogas quanto os tratamentos terapêuticos à base de choques elétricos no passado causaram um grande dano à sua mente. A vida de Peter Green nunca foi fácil, apesar de seu talento comprovado, seu primeiro grande desafio como músico profissional foi substituir, simplesmente, o “deus da guitarra” Eric Clapton no John Mayall’s Bluesbreakers em 1967. E Peter Green surpreendeu os fãs desconfiados e órfãos de Clapton, registrando com competência todo o seu talento no disco A Hard Road (1967) do John Mayall’s Bluesbreakers. No ano seguinte Green deixa os Bluesbreakers (sendo substituído por Mick Taylor) e parte para formar o Peter Green’s Fleetwood Mac, uma banda que ficou na história do blues rock britânico, principalmente graças ao disco de estréia. A banda que ainda contava com o guitarrista slide Jeremy Spencer (fã de Elmore James) e mais tarde com o jovem guitarrista Danny Kirwan, pupilo de Green, conquistou o mundo com seu blues rock balançante. As influências de Peter Green foram Robert Johnson, Alex Korner, John Mayall, o próprio Eric Clapton, Hank Marvin (The Shadows), B. B. King e Freddie King. Dentre suas composições mais famosas posso destacar com os Bluesbreakers de John Mayall, “The Supernatural e “The Same Way”; com o Fleetwood Mac, “Black Magic Woman” (gravado por Santana), “Oh Well”, “Long Grey Mare”, “Looking For Somebody”, “I Loved Another Woman”, “Watch Out”, “The Green Manalishi”, “Rattlesnake Shake”, “Fleetwood Mac” e “Sandy Mary”; na carreira-solo, “Looser Two Times”, “Tribal Dance”, “In The Skies” e “Slabo Day”. As versões que fez para “The Stumble” de Freddy King, “Need Your Love So Bad” de Little Willie John, “Homework” de Otis Rush, “No Place To Go” de Howlin’ Wolf, e suas belíssimas composições “Albatross” e “Man Of The World”, definem precisamente o seu estilo suave e doce, mas com uma certa pegada, ao tocar, cantar e compor. Os discos essenciais do mestre do blues rock britânico são, com o John Mayall’s Bluesbreakers, Hard Road (1967); com o Fleetwood Mac, Peter Green’s Fleetwood Mac (o primeiro, de 1968), Then Play On (1969), Fleetwood Mac in Chicago/Blues Jam In Chicago (duplo de 1969) e The Original Fleetwood Mac (1971); na carreira solo, In the Skies (1979) e Little Dreamer (1980); e com o Splinter Group, Reaching The Cold 100 (2003). A Gibson Les Paul dourada de Peter Green, também fez história; conta a lenda que ele a vendeu por mixaria para o guitarrista Gary Moore (já falecido), justamente na época em que estava fragilizado mentalmente e desfazia de seus bens, doando também todo o seu dinheiro para instituições de caridade. A partir daí a guitarra de Green acostumada a um tratamento mais carinhoso e sofisticado teve que se sujeitar ao estilo mais agressivo e pesado do seu novo dono. Será que com a morte recente de Moore em 2011, a lendária Sunburst Gibson Les Paul de 1959, voltou para o antigo mestre? Mas agora o que realmente importa é que Peter Green deu a volta por cima, é claro que nunca mais tocará como há 45 anos atrás, mas ele está vivo, cercado por quem realmente o ama e notadamente recuperou o desejo de tocar o que mais gosta, blues!
06 – Ritchie Blackmore – Guitarrista, baixista, bandolinista e compositor inglês, nascido em 14 de abril de 1945. Conhecido também por seu temperamento difícil e problemático, como também da sua total ausência de carisma, foi líder das bandas de rock pesado Deep Purple e Rainbow nas décadas de 1970 e 1980. Como seu conterrâneo Jimmy Page, começou a tocar no final dos anos de 1950, na Inglaterra, em bandas de Skiffle, música folk que agregava jazz, blues, country e música de raiz. Era o gênero musical adotado pela juventude britânica na época que tinha como ídolo, Lonnie Donegan. Blackmore teve como sua maior influência o guitarrista inglês Big Jim Sullivan (morto recentemente em 02/10/2012), um respeitável músico de estúdio que foi também seu mentor e de Pete Townsend (The Who) nos primeiros passos com a guitarra. Blackmore fundou o Deep Purple em 1968, juntamente com o tecladista John Lord, falecido em 16/07/2012. Só a partir do quinto trabalho, Deep Purple In Rock (1970), que a crítica começou a prestar a atenção no som da Fender Stratocaster de Ritchie Blackmore que estava se voltando mais para o rock pesado e levando o público ao delírio com seus solos imprevisivelmente loucos, deixando de lado as idéias clássicas e orquestrais de John Lord. O timbre límpido e claro da Stratocaster de Ritchie Blackmore seria devido às casas do braço da guitarra, levemente escavados por ele, que proporcionou um som limpo e com mais “sustain”. Blackmore geralmente tocava com o captador central da sua Stratocaster desligado ou retirado. Seu riff de Guitarra mais famoso é o do hit “Smoke On The Water” do álbum Machine Head de 1972; ele normalmente o executa sem palheta. A característica de seus solos é a combinação que faz com escalas de blues e frases em escalas menores da música clássica européia, que teria originado a “escala neoclássica”, que foi adotada pelos guitarristas de heavy metal, posteriormente. Os hits do Deep Purple são marcantes, vale citar “Hush”, “Mandrake Root”, “Speed King”, Child In Time”, “Strange Kind Of Woman”, “Black Night”, “Highway Star”, “Smoke On The Water”, “Lazy”, “Burn”, “Mistread”, “Might Just Take your Life”, “Perfect Strangers”, etc. Para se ter uma idéia da capacidade de Ritchie Blackmore como guitarrista, é bom ouvir os discos (ou cds) Shades Of Deep Purple (1968), com Rod Evans nos vocais; In Rock (1970), Fireball (1971), a obra prima Machine Head (1972), e o ao vivo Made In Japan (1972), todos com Ian Gillan nos vocais; a seguir temos Burn (1974), Come Taste The Band (1975) e Live In London - 1974 (1982), com David Coverdale dividindo os vocais com o baixista Glenn Hughes. No Rainbow, tendo o “duende” James Ronnie Dio (morto em 2010) nos vocais, posso citar os discos Rising (1976), Long Live Rock ‘n’ Roll (1978), Straight Between The Eyes (1982) e Live In Munich – 1976 (2006). Desgastado com as idas e vindas do Deep Purple e Rainbow, Blackmore juntou-se com sua companheira Candice Night e formaram uma banda, em 1997, de estilo renascentista (tipo “Greensleeves”), o Blackmore’s Night.
07 – Tony Iommi – Guitarrista canhoto, flautista e compositor inglês nascido em 19 de fevereiro de 1948. Costumo dizer que junto a Keith Richards (Rolling Stones) e Angus & Malcom Young (AC/DC), Tony Iommi foi um dos responsáveis pelos mais famosos riffs de guitarra da história do rock. Apesar de ser mais conhecido pelo seu estilo pesado que caracterizou o Black Sabbath, Iommi recebeu influências das mais diversas até achar seu próprio caminho, escutando rock instrumental, blues e jazz. O engraçado é que ele se iniciou na música com aulas de piano, mas assim que ouviu o guitarrista Hank Marvin do The Shadows em ação, mudou para a guitarra. Apesar da suposta rivalidade no passado do Black Sabbath com o Led Zeppelin e outras bandas pesadas, Iommi nunca negou a influência exercida por seus colegas de ramo na sua formação como músico, pois admirava a técnica dos rivais Jimi Hendrix, Eric Clapton, Jeff Beck e Jimmy Page. Quem que gosta de rock pesado não identifica de imediato os riffs de “Paranoid”, “Iron Man”, “War Pigs”, “N.I.B.”, “Black Sabbath”, “Sabbath Bloody Sabbath”, “Sweat Leaf” e “Symptom Of The Universe”? Os riffs encorpados e vigorosos de Iommi já fazem parte da história do rock, assim como seus solos, na maioria executados em Pentatônica menor. Outra forma de identificar Tony Iommi são os bigodes e a Gibson SG (negra ou vermelha), também adotada por Angus Young, apesar de Iommi variar raramente com uma Fender Stratocaster. Tony Iommi toca suas guitarras invertidas, pois é canhoto. Uma curiosidade em sua carreira foi quando em 1968, a pedido de Ian Anderson, substituiu numa emergência o guitarrista recém saído do Jethrotull, Mick Abrahams, numa apresentação para o Rolling Stones Rock And Roll Circus, o que foi registrado em filme. Iommi, cabisbaixo, tentou disfarçar usando um chapéu cobrindo o rosto, mas o famoso bigode ficou exposto. Na ocasião ele tocou com uma Fender Stratocaster branca, invertida, é claro. Um fato que marcou sua vida foi que ainda jovem, teria perdido as falanges distais dos dedos do meio e anelar numa prensa mecânica durante o trabalho numa fábrica. Os dedos atingidos foram justamente os da mão direita, responsáveis para digitar as notas no braço da guitarra. Se dependesse da opinião dos médicos, seu sonho de ser guitarrista profissional tinha terminado aí. Mas um amigo tocou para ele um disco do cigano e guitarrista belga de jazz, Django Reinhardt, que digitava as notas apenas com os dedos indicador e médio, já que os outros foram inutilizados por queimaduras durante um incêndio. Era o que Iommi precisava para se animar e imediatamente começou a usar encaixes improvisados de plástico derretido nas pontas, substituídos posteriormente por próteses. Sua pequena deficiência física é o motivo de sua preferência pelos solos em tons menores, o que facilita para ele o controle e execução de seus riffs. Quem quiser conhecer a obra desse guitarrista lendário, tem que obter ao menos os seguintes discos do Sabbath: Black Sabbath e Paranoid (ambos de 1970), Master Of Reality (1971), Vol. 4 (1972), Sabbath Bloody Sabbath (1973) e Sabotage (1975), todos com os vocais de Ozzy Osbourne; Heaven And Hell (1980) e Mob Rules (1981), com Ronnie James Dio nos vocais; e Headless Cross (1989), com Tony Martin nos vocais. Vale a pena escutar também, Seventh Star, o disco solo de Tony Iommi (1986), com os vocais do baixista Glenn Hughes. Em janeiro de 2012 foi diagnosticado um linfoma em estágio inicial em Tony Iommi, que concluiu o tratamento com quimioterapia no combate ao câncer nos gânglios linfáticos ainda no mês de março; e apesar da nova turnê do Black Sabbath ter sido adiada por enquanto, eles permanecem firmes na gravação de um novo disco provavelmente ainda para este ano. Mais um obstáculo para Tony Iommi superar; se Deus quiser.
08 – Mick Taylor – Guitarrista, guitarrista slide, baixista, pianista, percursionista e vocalista inglês nascido em 17 de janeiro de 1949. O terceiro grande guitarrista revelado no John Mayall’s Bluesbreakers no final dos anos de 1960. Mick Taylor preenche a vaga deixada por Peter Green que tinha partido para formar o lendário Fleetwood Mac em 1967. Taylor não decepcionou, gravou dois ótimos discos durante sua parceira com John Mayall quando, em 1969 (aos 20 anos), não resistiu ao convite dos Rolling Stones para substituir o polêmico e recém falecido guitarrista, Brian Jones. Com o John Mayall’s Bluesbreakers, Mick Taylor participou de dois excelentes trabalhos, Crusade em 1967 e Blues From Laurel Canyon em 1968. No disco Crusade se destacam suas performances em “Oh, Pretty Woman”, “My Time After Awhile”, “Driving Sideways”, “Snowy Wood” e “Me And My Woman”; em Blues From Laurel Canyon, posso citar as faixas “Walking On Sunset”, “2401”, “Ready To Ride”, “Somebody’s Acting Like A Child”, “The Bear” e “Fly Tomorrow”. Nos Rolling Stones, ele permaneceu de 1969 a 1974, na fase que alguns consideram a mais criativa da banda. Taylor participou dos álbuns Let It Bleed (1969), Get Yer Ya-Ya’s Out (1970 - ao vivo), Sticky Fingers (1971), Exile On Main Street (1972 - duplo), Goat Head Soup (1973) e It´s Only Rock’n’Roll (1974). Mick Taylor se destacou em diversas faixas, como em “Love In Vain” e “Live With Me” de Let It Bleed; “Brown Sugar”, “Sway” , “You Gotta Move”, “Bitch” e “Moonlight Mile” de Sticky Fingers; “Rocks Off”, “Tumbling Dice” e “All Down The Line” de Exile Main Street e “Angie” (no piano) de Goat Head Soap. Ele teria saído dos Rolling Stones devido às divergências relacionadas aos seus direitos autorais em diversas músicas não lhe creditados pela dupla Mick Jagger e Keith Richards. A preferência de Mick Taylor sempre foi pela Gibson Les Paul, com certeza sua marca registrada, mas ele variou durante sua carreira com a Gibson SG e Gibson ES-355 e raramente com os modelos Fender Stratocaster e Telecaster. As características principais do estilo de Taylor são o seu toque lento, melódico e fluente e seu belíssimo “sustain”; e suas principais influências foram os guitarristas Albert King, Freddie King e seu conterrâneo Jeff Beck. Graças a sua técnica refinada ele pode muito bem se aventurar por qualquer estilo musical, passando pelo country blues, blues rock, hard rock, instrumental rock ou jazz. Outra marca registrada de Taylor é o slide, quem não se lembra de sua performance em “Love In Vain” de Robert Johnson no disco Let It Bleed com os Stones? Na carreira-solo, apesar de intervalos consideráveis entre um trabalho e outro, Mick Tayor lançou alguns discos recomendáveis, posso citar o indispensável Mick Taylor (1979), Stranger In This Town (1990), Too Hoot For Snakes (1991), Live At 14 Below: Coastin’ Home (1995) e A Stone Throw (2000). Nos últimos anos surgiram boatos que sua disputa judicial com os Stones estava pegando fogo, mas tudo foi desmentido pelo próprio Mick Taylor que foi visto em público recentemente às gargalhadas acompanhado pelos ex-companheiros Keith Richards e Mick Jagger.
09 – Duane Allman – Guitarrista, guitarrista slide e (ocasionalmente) vocalista norte-americano nascido em 20 de novembro de 1946. Duane era também conhecido pelo apelido “skydog”, dado por Wilson Pickett, que achava o guitarrista parecido com um cachorro doidão, principalmente quando solava às alturas. Duane Allman foi uma estrela do southern rock & blues que brilhou com muita intensidade, apesar de sua curta existência; foi influenciado por principalmente por Elmore James, Otis Rush, B. B. King, The Yardbirds e The Rolling Stones. Destacou-se na banda de rock sulista The Allman Brothers Band, que fundou no final dos anos de 1960 em parceria com seu irmão (vocalista e tecladista) Greg Allman. A história conta que seu irmão ainda adolescente se interessou pela guitarra acústica ao assistir um vizinho dedilhar uma música country; Duane o seguiu e com o tempo seu dom natural para o instrumento, aliado a sua vontade de aprender fez com que Greg ficasse para trás no aprendizado e procurasse por um outro instrumento, no caso, o piano. Mas o que realmente definiu o destino dos irmãos Allman foi um show que assistiram do até então “trintão” B. B. King, em 1959. Era o que precisavam desfrutar para decidirem seus destinos como músicos. Em 1960 formam a banda The Kings; em 1966 depois de várias tentativas fracassadas com diversas formaçõe, formam o Allman Joys, gravando as faixas demos “Spoonful” (sucesso de Howlin’ Wolf), “Crossroads” (clássico Robert Johnson) e “Shapes Of Things” (dos Yardbyrds com Jeff Beck). Em 1967 formam o The Hour Glass e fazem um show de abertura para Eric Burdon & The Animals no auditório Fillmore West. Em 1968 Duane já é reconhecido como um mestre da slide guitar e começa a chover convites para participar de gravações em estúdios para álbuns de diversos artistas como Wilson Pickett, com o qual fez uma versão para “Hey Jude” que muitos consideram melhor do que a dos próprios Beatles; King Kurtis; Aretha Franklin na gravação de “The Weight”; Otis Rush; Percy Sledge na gravação de “Games People Play”; Johnny Jenkins, no excelente álbum Ton-Ton Macoute! (1970), que muitos afirmam ser um disco-solo de Duane Allman; Boz Scaggs, com quem vez uma emocionante e insuperável versão para “Somebody Loan Me A Dime” de Fenton Robinson, considerada a melhor gravação de toda discografia de Scaggs; Delanie & Bonnie; Cowboy & Eric Clapton e Herbie Mann. Todas essas gravações foram registradas no cd duplo Duane Allman – An Anthology (1972). O jovem Duane Allman havia se tornado um respeitado e requisitado session man. Em 1969, Greg e Duane finalmente formam a lendária Allman Brothers Band; no ano seguinte paralelamente com o Allman Brothers, Duane participa da gravação do disco de estréia da nova banda de Eric Clapton, Derek And The Dominos. Clapton também havia se rendido ao talento de Duane, o que gerou, dentre outras, a gravação da famosa e enigmática canção “Layla”, com uma belíssima e irrepreensível intervenção do slide do Skydog. A técnica slide que lhe trouxe tanta fama foi desenvolvida graças a sua insatisfação musical, ele procurava algo que diferenciasse o seu som, apesar de sua técnica, na época, ser única. Foi quando, em 1968, ele ganhou de seu irmão Greg, o primeiro disco de Taj Mahal no qual trazia Jesse Ed Davis tocando slide na faixa “Statesboro Blues” de Willie Mctell, e junto no pacote de presentes, veio um ‘bendito’ vidro de comprimidos para resfriado. Duane jogou os comprimidos fora e usou o frasco de vidro para reproduzir o som slide que tinha ouvido no disco. Os horizontes se abriram para Duane, sua criatividade explodiu a partir disso. Os vidrinhos preferidos de Duane eram os de Coricidin D (descongestionador nasal) e Coricidin HBP (para pressão alta). Ele preferia os frascos de remédios ao slide convencional de aço. Muitos guitarristas que exploram o slide seguiram seu exemplo, como Rory Gallagher, Bonnie Rait e Gary Rossington do Lynyrd Skynyrd. Quanto às guitarras, Duane sempre deu preferência para os modelos Gibson Les Paul. Sua primeira guitarra foi um Gibson Les Paul Jr. De 1959, posteriormente chegou a usar uma Fender Telecaster com braço de Stratocaster, uma Gibson Les Paul ‘Gold Top’ de 1957, uma Gibson SG de 1961, uma Gibson ES-335 de 1958 ou 1962 e uma Gibson Les Paul ‘Tobacco Sunburst’. Para se ter uma idéia da magnífica técnica de Duane Allman vale a pena conseguir os discos (ou cds): The Hour Glass (1967) e Power Of Love (1968), no The Hour Glass; The Allman Brothers Band (1969); Idlewild South (1970); At Fillmore East (duplo ao vivo – 1971) e Eat A Pech (duplo com algumas faixas com Duane - 1972), no Allman Brothers Band; os já citados Ton-Ton Macoute! (com Johnny Jenkins) e Duane Allman - An Anthology Volumes I & II; e Layla And Other Assorted Love Songs (no Derek And the Dominos - 1970). Duane Allman faleceu precocemente em 1971, aos 24 anos de idade, num estúpido acidente de moto, deixando um acervo de belíssimas gravações. E fica a pergunta: o que ele poderia ter desenvolvido musicalmente se tivesse atingido a idade madura? Uma indagação que só mesmo Deus poderia nos responder, mas baseando-se no que Duane já tocava com apenas 24 anos...
10 – Rory Gallagher – Guitarrista, guitarrista slide, violonista, bandolonista, gaitista, vocalista e compositor irlandês, nascido em 02 de março de 1948. A Irlanda ficou conhecida pelo grupo terrorista IRA e pelas muitas bandas e estrelas do rock reveladas como o Them de Van Morrison, Gary Moore, Thin Lizzy de Phil Lynott, U2 e The Waterboys, dentre outros, mas o cara que a meu ver representou bem aquela ilha cercada de montanhas chuvosas e de intermináveis planícies verdes e enevoadas, foi o guitar-hero, Rory Gallagher. Quem assistiu ao filme, Irish Tour ‘74, pode perceber o que a Irlanda dividida representava para o sensível guitarrista. È coisa rara no rock um artista chegar ao estrelato sem se tornar arrogante e agressivo, Rory Gallagher foi uma dessas pérolas raras. Quem não simpatizava com o cara? Um sujeito pacato, simples, modesto, de sorriso fácil e conhecido por sua notória timidez. Reservado, era também arredio às bajulações do estrelismo e de suas arapucas e sempre foi fiel às suas origens. Na verdade só duas coisas importavam para ele, tocar com profissionalismo e interagir com seu público devoto e, é claro, a cerveja irlandesa. Aliás, se alguém quisesse falar mal de Rory Gallagher, só poderia alegar que ele era um beberrão, um decente e dócil beberrão, principalmente nos bastidores após suas famosas apresentações. Rory geralmente era identificado pelos fãs nas capas dos discos por usar aquelas famosas camisas de flanela quadriculadas e portar sua guitarra desgastada Fender Stratocaster ‘sunburst’ 1961. Dizem que ele não obteve mais sucesso internacionalmente, pelo fato de ter horror a aviões, prejudicando assim em muito a divulgação de seu trabalho em apresentações ao vivo pelo mundo. Mas suas gravações em disco e vídeo compensaram e fizeram justiça à sua fama. Só o amor pelos palcos que o encorajava a se aventurar em apresentações por Belfast em meados dos anos de 1970, numa época em que o grupo IRA explodia bombas por todo o lado. Mas nunca se registrou algum problema nos shows do jovem guitarrista nessa época difícil, pelo contrário, só havia curtição. Rory inicialmente teve como influência musical, Elvis Presley, Chuck Berry, Jerry Lee Lewis, Muddy Waters, Albert King, Leadbelly, Lonnie Donegan (o rei do Skiffle britânico) e Cream (de Eric Clapton). E por falar em Cream, deve-se Jack Bruce, Ginger Baker e Eric Clapton a obsessão de Gallagher pela formação de um power trio; e certamente seu poderoso vocal estava mais para Jack Bruce do que para Eric Clapton. Quando o jovem guitarrista irlandês sintonizava em sua casa as programações das rádios militares norte-americanas, ele procurava absorver o que podia de seus heróis do rock & roll e blues, sem contar com os especiais de TV que também assistia. Mas apesar das influências externas, Rory começou sua carreira como guitarrista (aos 15 anos) numa banda de música tradicional irlandesa chamada Fontana Show Band, na verdade uma verdadeira big-band (estilo Waterboys), que com o tempo reduziu o número de componentes, mas aumentando a agressividade e variando o repertório, passando a se chamar Impact Show Band. Mas o desejo de Gallagher era formar um grupo ainda menor, um power trio de guitarra, baixo e bateria como o Cream e o Jimi Hendrix Experience; e assim acabou formando o Taste, em 1968. Desde o início foi demonstrado que o forte de Rory Gallagher era atuar ao vivo sentindo o calor da platéia, assim a fama não tarda e o Taste é convidado a abrir shows para o Blind Faith de Eric Clapton e Stevie Winwood nos EUA e participar do famoso festival da Ilha de Wight, em 1970. Após dissolver o Taste por não estar satisfeito com o desempenho do baixista e baterista, ele parte para a carreira-solo convocando músicos mais capacitados e para a consagração mundial. Blues rock na Irlanda hoje, é sinônimo de Rory Gallagher. Na sua discografia os discos que obtiveram mais impacto, foram os gravados ao vivo, justamente pela energia que Gallagher desprendia nos palcos. Mas praticamente toda a discografia de Rory Gallagher é indispensável e em minha opinião, os essenciais para qualquer amante do blues & rock, são: On The Boards (1970), com o Taste; Deuce (1971), o lendário Live! In Europe (1972), Blue Print e Tattoo (ambos de 1973), o sensacional Irish Tour ‘74 (1974), a obra-prima Calling Card (1976), Photo-Finish (1978) e Jinx (1982), todos da carreira solo. Alguns de seus inúmeros hits foram, “Messin’ With The Kid”, “I Could’ve Had Religion”, “Pistol Slapper Blues”, “Going To My Hometown”, “Bullfrog Blues”, “Tattoo’d Lady”, “ Cradle Rock”, “A Million Miles Way”, “I Wonder Who”, “Who’s That Coming”, “Do You Read Me”, “Moonchild”, “Calling Card”, “Public Enemy”, “Brute Force & Ignorance”, “Shadow Play”, “Big Guns’, etc. A habilidade de Rory Gallagher com a guitarra, o bandolim, a gaita, o dobro (violão com corpo e cordas de aço) e o slide já se tornou lendária. Sua técnica com o slide foi comparada à de Duane Allman e Johnny Winter. Rory, no auge da fama, foi convidado para se integrar ao Rolling Stones e ao Deep Purple, mas para o alívio de seus fãs ele recusou, pois sua praia era outra, e certamente seu talento iria ser ofuscado pelo alter-ego dos líderes de tais bandas, como ocorreu com Mick Taylor nos Rolling Stones. Quem quer conhecer mais de Rory Gallager, deve assistir o excelente filme Irish Tour ‘74 que registra a excursão dele pela Irlanda e Irlanda do Norte, mostrando imagens de algumas cidades como Belfast, Dublin, Cork (onde nasceu) e ruínas de antigos castelos, junto com incríveis performances nos palcos, formando um retrato comovente de quem foi o maior guitarrista irlandês de todos os tempos. Infelizmente, para compensar sua timidez, fobias e solidão, Gallagher abusava do álcool, e para piorar acrescentava remédios para diminuir sua ansiedade e insônia. A combinação fatal lhe empurrou para um transplante urgente de fígado, que foi rejeitado pelo seu organismo causando-lhe infecção generalizada e por conseqüência a morte, em 14 de junho de 1995, aos precoces 47 anos de idade.
Não percam, brevemente, Os 10 Maiores Guitarristas – Parte IV – De Jazz & Fusion.
Por Eumário J. Teixeira.
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