27 de jun. de 2024

BRIAN DAVISON'S EVERY WHICH WAY - SÉRIE BANDAS DE ROCK QUASE FAMOSAS

 BRIAN DAVISON'S EVERY WHICH WAY


Introdução: Uma banda que “de toda maneira” me agradou, pena que não prosperou na estrada do rock, ainda que num único trabalho registrado em disco, mereça sempre ser lembrado e destacado pela simplicidade, suavidade e, sobretudo, pela qualidade. Dizem que a venda do disco Every Which Way foi muito abaixo do esperado e praticamente passou despercebido pelo público, desanimando o grupo que tinha feito um trabalho primoroso, impecável. Hoje esse excelente trabalho do Brian Davison’s Every Which Way é cult para os aficionados e garimpeiros do rock. 

Brian Davison na bateria...

Gênero Musical – A banda se encaixa perfeitamente no gênero “jazz rock progressivo” com leves pintadas blues & soul. 

Período de Atuação - 1970 


Membros da Banda – Brian Davison (bateria), Graham Bell (vocalista, tecladista, compositor), Alan Cartwright (baixista), John Hedley (guitarrista) e Geoffrey Peach (saxofonista, flautista). 


Discografia – Brian Davison’s Every Which Way - Every Which Way (1970), pelo selo Charisma. 

Breve Histórico da Banda – A banda foi recrutada pelo baterista britânico Brian Davison (1942 – 2008) logo após o fim do grupo que integrava, The Nice, no início de 1970.

Davison já tinha algo em mente e não demorou convocar o excelente Graham Bell, ex-vocalista da banda Skip Bifferty. Logo chamou o baixista Alan Cartwright e a seguir convidou o guitarrista John Hedley e o saxonista Geoffrey Peach. 


O som da nova banda se inclinava para o rock progressivo com pitadas de jazz, que atendia perfeitamente as tendências de Brian Davison.

As 6 faixas do disco são muito agradáveis e de alto padrão, valorizadas pela voz agradável e competente de Graham Bell e ainda bem temperadas pelos belos solos de saxofone de Geoffrey Peach, contando ainda com a bateria inteligente e eficiente de Davison, a técnica distinta do baixo de Cartwright e a guitarra econômica, mas de muita sensibilidade de Hedley.


O som da banda foi muito elogiado e comparado à bandas sofisticadas como Savoy Brown, Traffic e Van der Graaf Generator.


Mas inexplicavelmente a banda se dissolveu, com Alan Cartwright indo ingressar no Procol Harum; o próprio Brian Davison se juntou ao companheiro Lee Jackson (baixista e ex-The Nice) e ao tecladista suíço Patrick Moraz para formarem o Refugee, em 1973, grupo que também só lançou um disco um ano após a formação; o guitarrista John Hedley praticamente desapareceu do cenário musical após esse trabalho; Graham Bell formou o empolgante, mas breve, Bell + Arc e outros projetos solos; e Geoffrey Peach continuou em trabalhos esporádicos como músico. 

Disco recomendado – Link: https://youtu.be/n9qFDNGdTdI?si=TH30fI_6zFBWNz9N

Por Eumário J. Teixeira

BELL + ARC - SÉRIE BANDAS DE ROCK QUASE FAMOSAS

 BELL + ARC


Introdução - Mais uma banda britânica que teve vida curta, talvez porque não tiveram o retorno comercial esperado ou quem sabe romperam por divergências internas; mas seja lá o que aconteceu, esse grupo realizou um trabalho ímpar. O único álbum gravado apresenta uma sonoridade do típico pop rock inglês, envolvente e dinâmica, mas visceralmente temperado com elementos da música negra norte-americana. 


Gênero Musical - Pop rock britânico influenciado por soul, funk, gospel & country rock. 

Período de Atuação -  1970 a 1972 




Membros -  O grupo Arc era composto por John Turnbull, na guitarra e voz; Mickey Gallagher, nos teclados e voz; Tommy Duffy, no baixo e Dave Trudex, na bateria. Com o ingresso de Graham Bell nos vocais principais, a banda passou a se chamar Bell + Arc. Em seguida, o baterista Trudex sai e é substituído por Rob Tait, que por sua vez também abandona o posto para a entrada definitiva de Alan White. 


Discografia – Bell + Arc – Bell + Arc (1971) 

Breve Histórico da Banda – O grupo “Arc” tinha lançado um álbum, Arc at this (1970), mas no ano seguinte encontraram-se com o vocalista Graham Bell recém saído da banda “Brian Davison’s Every Which Way”, que durou apenas um ano, mas em tempo de lançarem um único disco, Every Which Way, uma verdadeira obra prima do rock.


Tantos os membros do Arc como Graham Bell estavam decepcionados com a recepção de seus trabalhos recentes e assim resolveram se juntar formando o “Bell + Arc”.

Bell já conhecia o guitarrista John Turnbull e o tecladista Mickey Gallagher da banda Skip Bifferty, da qual os três foram integrantes.

A voz de Graham Bell agora estava mais poderosa e versátil, ele tinha evoluído como vocalista desde sua passagem pelo Skip Bifferty e Every Which Way. Poderia facilmente oscilar entre o pop rock, blues, soul e jazz. Já o comparavam a Joe Cocker ou Paul Rodgers.

John Turnbull neste trabalho se mostra à vontade com os pedais wah wah e consegue fazer sua guitarra pegar fogo como também explorar o ritmo na hora certa.

Os teclados do piano de Mickey Gallagher parecem se impor com o ritmo básico da banda, apesar de deixar transparecer suas tendências de “killer”, lembrando a Jerry Lee Lewis.


Em resumo, Bell com o Arc formaram um grande grupo, competente e promissor, deixando um álbum muito bom para a posteridade, que hoje é muito valorizado pelos estudiosos do rock. Mas os caminhos da música são incertos, incompreensíveis e, às vezes, frustrantes.

Disco recomendado – Link: https://youtu.be/5VPPfFMtopQ?si=DgzL5eKmiXxLCCOp

Por Eumário J. Teixeira