Pesquisar sobre música de qualidade se assemelha a cavar em um campo aberto a procura de tesouros enterrados, a partir do momento que você descobre alguma peça de valor, certamente terá uma grande chance de enxergar pistas que o levarão à outras preciosidades encobertas. Em postagem anterior dedicada a Alan “Blind Owl” Wilson (Canned Heat), mencionei a amizade deste com um tal John Fahey em meados dos anos de 1960. Em minha ignorância musical assumida, jamais tinha ouvido falar algo sobre John Fahey, se ouvi ou li não dei a devida importância. Mas assim são as coisas, tudo no seu devido tempo, pois ao descobrir que Alan Wilson (um catedrático em blues) considerava tanto a Fahey, corri atrás de informações sobre o ilustre desconhecido (para mim). Estava eu cavando para descobrir fatos sobre a vida de Wilson quando tropecei em vestígios que me revelaram algo também bastante valioso. Alan Wilson dedicou sua curta existência à divulgação do blues, à preservação do meio-ambiente, e a outros interesses culturais diversificados; John Fahey já era obcecado por uma só coisa, a exploração máxima da sonoridade de sua guitarra acústica. Ele “viajava” pela música folclórica norte-americana através dos ritmos do folk, country, blues e bluegrass, como também estava atento aos sons estrangeiros; e um dos músicos que o influenciou positivamente foi o brasileiro Bola Sete (Djalma de Andrade, 1923-1987), um exímio violonista que dominava os ritmos do samba, bossa nova e jazz. Bola Sete mudou-se definitivamente para os EUA em virtude de seu talento, mas isso é assunto para uma postagem em breve. Fahey que também era conhecido pelo pseudônimo de “Blind Joe Death” (numa alusão aos velhos mestres de blues), nos deixou uma discografia de alta qualidade.
John Aloysius Fahey nasceu em 28 de fevereiro de 1939 em Takoma Park, no estado de Maryland. Era um finger Style Guitarrist, ou melhor, um sujeito que tocava seu violão com uma técnica ímpar de dedilhado. Seu modelo de guitarra predileto era a steel-string acoustic guitar. Dentre os estilos musicais que interpretava estava o folk e blues norte-americanos; música clássica; portuguesa; brasileira (bossa nova); e indígena. A revista Rolling Stones fez uma lista dos 100 melhores da guitarra (The 100 Greatest Guitarrists Of All Time), Fahey foi classificado no 35º lugar. Fahey descobriu o blues em 1952 quando ouviu um disco de Blind Willie Johnson no qual continha a gravação de “Praise God I´m Satisfied”. O disco de 78 r.p.m. fazia parte da coleção de “olds blues” do amigo e mentor Richard K. Spottswood, que era musicólogo. Fahey comparou tal audição como uma ‘conversão religiosa’, ficando devoto ao blues até sua morte em 22 de fevereiro de 2001, em Salem, Oregon. Graduado em filosofia na universidade de Los Angeles, na California, Fahey realizou (com a ajuda de Alan Wilson) a tese para mestrado intitulada: A Textual And Musicological Analysis Of The Repertoire Of Charley Patton. Em suas primeiras gravações Fahey chegou a utilizar o pseudônimo de “Blind Joe Death”. Vale a pena conhecer, por exemplo, os álbuns (ou cds): The Legend Of Blind Joe Death (Coletânea – 1996); The Transfiguration Of Blind Joe Death (1965); The Voice Of The Turtle (1968); Of Rivers And Religion (1972); e outras pérolas. No youtube há alguns registros de algumas apresentações magistrais de John Fahey, só ele e o violão, sem ser enfadonho...mas hipnótico!
John Aloysius Fahey nasceu em 28 de fevereiro de 1939 em Takoma Park, no estado de Maryland. Era um finger Style Guitarrist, ou melhor, um sujeito que tocava seu violão com uma técnica ímpar de dedilhado. Seu modelo de guitarra predileto era a steel-string acoustic guitar. Dentre os estilos musicais que interpretava estava o folk e blues norte-americanos; música clássica; portuguesa; brasileira (bossa nova); e indígena. A revista Rolling Stones fez uma lista dos 100 melhores da guitarra (The 100 Greatest Guitarrists Of All Time), Fahey foi classificado no 35º lugar. Fahey descobriu o blues em 1952 quando ouviu um disco de Blind Willie Johnson no qual continha a gravação de “Praise God I´m Satisfied”. O disco de 78 r.p.m. fazia parte da coleção de “olds blues” do amigo e mentor Richard K. Spottswood, que era musicólogo. Fahey comparou tal audição como uma ‘conversão religiosa’, ficando devoto ao blues até sua morte em 22 de fevereiro de 2001, em Salem, Oregon. Graduado em filosofia na universidade de Los Angeles, na California, Fahey realizou (com a ajuda de Alan Wilson) a tese para mestrado intitulada: A Textual And Musicological Analysis Of The Repertoire Of Charley Patton. Em suas primeiras gravações Fahey chegou a utilizar o pseudônimo de “Blind Joe Death”. Vale a pena conhecer, por exemplo, os álbuns (ou cds): The Legend Of Blind Joe Death (Coletânea – 1996); The Transfiguration Of Blind Joe Death (1965); The Voice Of The Turtle (1968); Of Rivers And Religion (1972); e outras pérolas. No youtube há alguns registros de algumas apresentações magistrais de John Fahey, só ele e o violão, sem ser enfadonho...mas hipnótico!
Eis um link do you tube com John Fahey tocando "Desperate Man Blues":
http://www.youtube.com/watch?v=PQnPJqeH80I
Por Eumário J. Teixeira.
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