Desde
2011 uma banda sueca até então desconhecida chamada Blues Pills (Pílulas
Azuis) começou a se destacar no mundo do rock. Estou falando de um grupo de rock
revival, estilo anos de 1970, um rock vigoroso, pulsante e
sobretudo, honesto. Eles desenvolvem uma sonoridade rara para os tempos atuais e pouco comum para os jovens pertencentes à geração da música eletrônica. Mas o som vibrante dessa jovem banda está ecoando pelo mundo e é difícil passar desapercebido. Quem não curtir os carinhas das
“Pílulas Azuis” é porque não tem uma bagagem sonora, conhecimento
básico sobre a história do rock ou simplesmente porque não tem
sensibilidade apurada ou mesmo bom gosto para apreciar essa
banda incrível. Mas como dizem alguns, “gosto não se discute”...
É
quase certo que não podemos contar mais com a volta de bandas como
Led Zeppelin, Deep Purple, Free, Peter Green's
Fleetwood Mac e outras lendas do blues rock, assim devemos torcer
para que as novas promessas como o Blues Pills permaneçam fiéis ao gênero que adotaram e
tenham vida longa no palco do rock & roll.
Tudo
começou em 2011 quando baixista Zack Anderson e o baterista Cory
Berry gravaram um demo com a lindíssima e competentíssima vocalista
Elin Larsson na cidade de Orebro, na Suiça. Em seguida, durante um
turnê pela França, o trio conheceu um jovem talento da guitarra de
apenas 16 anos chamado Dorain Sorriaux e o convidou para se integrar
à banda. Com a entrada de Sorriaux, o som da banda cresceu
poderosamente e resultado foi o lançamento em 2012 do EP de estréia,
Bliss, com o quarteto adotando definitivamente o nome Blues Pills. O nome
escolhido para a banda foi baseado no blog de um amigo que divulgava
o rock das décadas de 1960 e 1970.
Blues
Pills lançou um single ainda naquele ano intiulado 'Black Smoke', e
em 2013 fizeram apresentações em festivais de rock europeus
prestigiados, como Roadburn em Tilburg, na Holanda, e no Desert Fest,
em Berlim. A banda ainda conseguiu emplacar uma turnê pela Alemanha
até que foram descobertos e contratados pela gravadora Nuclear
Blast.
Assim,
com a formação integrada por Elin Larsson, nos vocais; Dorian
Sorriaux, na guitarra; Zack Anderson, no baixo e André Kvarnströn,
na bateria (substituindo Berry), os Blues Pills lançaram a seguinte
discografia, até agora:
-
Devil Man (EP – 2013)
-
Live at Rockpalast (EP - Fevereiro de 2014)
-
Blues Pills (CD - Julho de 2014)
-
Blues Pills Live (CD – 2014)
Em
seu lançamento em Julho de 2014, o álbum Blues Pills atingiu
o Top 5 na Alemanha e também alcançou as primeiras posições na
Áustria, Suíça e Reino Unido.
O
som do Blues Pills é as vezes comparado ao Led Zeppelin, Free, Janis
Joplin e até Jimi Hendrix. Mas ao escutar o cd Blues Pills de 2014,
o timbre da guitarra e arranjos, por vezes me lembraram o Peter
Green's Fleetwood Mac. Assim, para meus ouvidos o Blues Pills é uma
combinação da sonoridade da guitarra de Peter Green's Fleetwood Mac
com os vocais de Janis Joplin e Robert Plant. Embora a vocalista Elin
Larsson declarar que foi muita influenciada por vocalistas de blues &
soul como Big Mama Thornton, Etta James e Aretha Franklin.
Por
Eumário J. Teixeira.
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