22 de ago. de 2024

SPRING - SÉRIE BANDAS DE ROCK QUASE FAMOSAS

SPRING 

Introdução – Apresento aqui mais uma daquelas bandas do final da década de 1960 que tinham um enorme potencial de criação e produção quando surgiram com uma idéia de revitalização para o rock, se enveredando para uma linha mais elaborada, sofisticada e de certa forma clássica que os especialistas classificariam como rock progressivo. Mas o destino às vezes brincalhão e ingrato os emboscaria no caminho tortuoso do rock e pregaria uma peça naqueles jovens que tinham tudo para brilhar na nova proposta musical que começavam a trilhar. A “primavera” não floresceu para eles, mas o seu único trabalho oficial ficou para a eternidade e cravado nos corações dos cultuadores deste grupo explorador e inovador do rock progressivo, chamado Spring. 

Gênero Musical – Rock Progressivo. 

Período de Atuação - 1968 – 1972. 


Membros – A formação clássica era composta por Pat Moran, nos vocais e molletron; Ray Martinez, guitarra solo, guitarra base e molletron; Kips Brown, piano, órgão e mellotron; Pick Withers, bateria; Adrian Moloney, no baixo. 


Discografia – Spring - Spring (1971), pelo selo RCA Neon.

Breve Histórico da Banda – Desde 1965 um grupo de jovens músicos de Leicester, a maior cidade da região de East Midlands (localizada no condado de Leicestershire), Inglaterra, se reunia para tocar e se apresentar com outras bandas da região em festivais locais.


Vários nomes passaram pela banda até finalmente se consolidarem, como Pat Moran, Adrian “Bone” Moloney, Denis Nolan, Leon Olivier, Barry Stephens, Paul Cox, Terry Abbs, Dave “Pick” Withers, Tony Shipman, Ray Martinez, Bruce Heath, Graham Bevin e Keith “Kips” Brown.

Tudo se iniciou em 1965, quando o então baterista Pat Moran e o baixista Adrian Moloney formaram a seção rítmica da banda Sleepy John’s Opus, mudando o nome do grupo para Sissy quando o primeiro vocalista Leon Olivier resolveu dar o fora e entregar o microfone para o próprio Moran. O quinteto se formou inicialmente com Tony Shipman, na guitarra; Graham Bevin, nos teclados; e Terry Abbs, que substituiu a Moran na bateria.

Spring no final da década de 1960 já dividia
o palco com bandas consagradas.

Entre 1969 a 1970 o Spring chegou à última formação com o guitarrista Ray Martinez e o baterista Pick Withers, que tinha saído do The Primitives. O último a ingressar nessa formação clássica foi o tecladista Kips Brown.

Seguros o bastante com o próprio trabalho, os jovens músicos tiveram a oportunidade de ganhar impulso ao se apresentarem em 1968 ao lado de nomes consagrados com The Who, Joe Cocker e Family, no Granby Halls, em Leicester. Pouco depois também dividiriam o palco com The Who e T. Rex.

Keith Kips Brown, David Pick Withers e Adrian Maloney
no campo, mais precisamente na fazenda do rock onde se
localizava o Rockfield Studios.
 

No final dos anos de 1960, a fazenda de laticínios localizada próxima da vila Rockfield, em Monmouthshire, no País de Gales, dos irmãos Charles e Kingsley Ward se transformaria num dos mais famosos complexos de gravação de todo o mundo, o Rockfield Studios, conhecido também como a “fazenda do rock”. Lá se ofereciam os melhores recursos para gravação e acomodações com a tranquilidade do campo às mais famosas bandas de rock do planeta. O estúdio foi freqüentado por roqueiros e bandas como Del Shannon, Dave Edmunds, Robert Plant, Ian Gillan, Black Sabbath, Dr. Feelgood, Motörhead, Queen, Hawkind e Budgie. Foi também neste estúdio lendário que a banda Spring gravaria seu único álbum de estúdio, pelo selo RCA Neon.

No entanto, as vendas do álbum foram modestas em relação à qualidade do trabalho, talvez pela grande concorrência na época.  Mas posteriormente o disco homônimo do Spring se tornou item de colecionador, principalmente para quem curte o rock progressivo dos anos de 1970. 

O único álbum do Spring foi produzido por Gus Dudgeon, um dos primeiros produtores do cantor pop, Elton John, entre o inverno de 1970 e a primavera (spring) de 1971.



A capa do álbum do Spring retratava de forma macabra, um soldado inglês moribundo
deitado na margem de um rio com as águas avermelhadas pelo sangue.

O álbum, tido como uma maravilha solitária do rock sinfônico, também é considerada por estudiosos do rock como uma espécie de “Santo Graal” da música progressiva. As fotografias da capa original, de seis lados, contribuíram também para a fama do excelente trabalho de estreia do Spring. As fotografias foram realizadas por Marcus Keef, fotógrafo e designer consagrado, o mesmo que fez a capa da “bruxa em frente ao moinho”, do primeiro disco do Black Sabbath.


A obra prima do Spring mereceu uma capa tripla...


A capa do álbum do Spring retratava de forma macabra um soldado inglês moribundo deitado na margem de um rio com as águas avermelhadas pelo sangue.

No final da década de 1960, algumas bandas progressivas abusavam de grandes orquestrações e arranjos clássicos, mas o Spring resolveu apostar na atmosfera inspiradora, mágica e misteriosa que somente o mellotron proporcionava aos temas das lendas inglesas. A sonoridade desse instrumento ficou vulnerável, datada e renegada pelas bandas de rock com o tempo, mas de qualquer forma se tornou única e insubstituível. O som do Mellotron explorado pelo Spring é considerado um dos melhores jamais feitos e referência para os músicos do rock clássico e progressivo e certamente o destaque no som da banda. Mas evidentemente tanto a guitarra de Martinezquanto a voz de Moran não deixaram a desejar.

Mas após o lançamento do primeiro álbum e a expectativa da repercussão desse primoroso trabalho, Moloney e Martinez saem da banda. Ambos discordaram da orientação musical que a banda estava tomando para a realização do segundo álbum. Então a Neon decide demiti-los.

Em seguida, Pat Moran sai da banda voltando para os estúdios Rockfield para trabalhar como engenheiro de som, se tornando um gênio muito requisitado na produção musical.

Ray Martinez e Kips Brown prosseguiram como músicos de estúdio e Pick Withers tocaria mais tarde nos quatro primeiros álbuns do Dire Straits. Era mesmo o fim do Spring...

Décadas depois do lançamento do único trabalho do Spring, 
lançaram reedições em CD com alguma qualidade e faixas adicionais,
mas sem a qualidade das capas do disco em vinil original.

Foram lançadas reedições do álbum homônimo do Spring, algumas não estavam à altura do trabalho original, principalmente em se tratando das capas. Surgiram edições em CDs com alguma qualidade na versão japonesa e um cd duplo com demos inéditas para o provável segundo álbum sob o nome de “Spring 2” ou “Second Harvest”. 

"Second Harvest" foi lançado em cd duplo, com demos e faixas inéditas que seriam
aproveitadas provavelmente para o segundo álbum da banda que
oficialmente nunca foi lançado pela banda. 

Disco recomendado – Link: https://youtu.be/gmY-ootwxm4?si=RiimtbQNufBG_mcv 

Por Eumário J. Teixeira.

7 de jul. de 2024

PAX - SÉRIE BANDAS DE ROCK QUASE FAMOSAS

PAX 

 

Introdução – Yes, na América do Sul existiu uma verdadeira banda de hard rock que não devia nada às americanas ou britânicas. Há 51 anos um grupo peruano lançava seu primeiro e único disco e alguns compactos que chamaram a atenção dos apreciadores e pesquisadores desse gênero musical. Até hoje membros da banda são lembrados e procurados por fãs da antiga e nova geração, uma prova de que o trabalho do icônico Pax foi marcante e de muita qualidade, pois souberam representar o hard rock com muita garra e eficiência, se destacando com personalidade lado a lado de bandas consagradas da época como os gigantes Deep Purple, Black Sabbath e Led Zeppelin. 

Gênero Musical – Hard rock, rock psicodélico, hard rock progressivo e ou acid rock. 

Período de Atuação -  1969 – 1975 e 1980’s 

Membros -  Primeira formação: Pico Ego-Aguirre, guitarras solo e rítmica; Manuel Montenegro, voz; Jorge Pomar e ou Carlos Torres, baixo; e Richard Macedo, bateria. Mas nada foi gravado com esse line-up.


Pico, Miguel, Mark e Jaime.

Em seguida formou-se outro grupo com: Pico Ego-Aguirre, guitarras solo e rítmica; Jaime Orué, voz; Mark “Slick” Aguilar (um americano que viajava pelo Peru), no baixo; e Miguel Flores, na bateria.

Essa segunda formação começaria a gravação do único álbum da banda. 

Capa principal do álbum.

Discografia – Pax - May God and Your Will land You and your Soul miles away from Evil (Setembro de 1972), pelo selo Sono Radio. 

- Sobre o título do álbum: A tradução aproximada seria: “Que Deus e sua vontade levem você e sua alma a quilômetros de distância do Mal”. 

- Sobre o álbum: Foi gravado no Estudio de Radio 1, em Lima. Todas as oito faixas são gravadas em inglês. Gravado em som estereofônico de 33 RPM. Foi relançado em CD em 1982 no Reino Unido e Europa; em 1988 nos EUA; e em 2006 na Alemanha. 

- Participaram da gravação do álbum: Jaime “Pacho” Orué Moreno, voz principal; Pico Ego-Aguirre, guitarra solo e rítmica, órgão e voz; Mark Aguilar, baixo e piano; Miguel Flores, Bateria. 

Capa interna do álbum.

Contra capa do álbum.

- Sobre a capa do álbum: Miguel Flores foi o responsável pela capa principal; “Don Camillo”, responsável pela contra capa; Carlos Aramburú, fez a fotografia da capa interna. Miguel Flores queria passar uma ideia subliminar contra a ditadura militar de Velasco que estava no governo nesta época. 

- O engenheiro de som foi Manuel Bellido e a produção foi do PAX. 

- Sobre as faixas do disco: São 8 músicas cantadas em inglês, no Lado A: “A Storyless Junkie”; “Rock An’ Ball”; “Green Paper (Toilet)” e “Sittin’ On My Head”. No Lado B: “Deep Death”; “For Cecilia”; “Pig Pen Boogie” e “Shake Your Ass”; nesta sequência. Em muitas reedições europeias do disco incluem singles gravados antes e depois do álbum de 1972, como “Firefly”; “Ressurrection Of The Sun”; “Smoke On the Water” (do Deep Purple); “Exorcism”; “Dark Rose” (do Brainbox); “Radar Love” (Golden Earring); e “Mr. Skin” ( do Spirit). 

Breve Histórico da Banda – A trajetória do Pax se inicia por volta de 1969, em Lima, no Peru. A banda é considerada a percussora do hard rock na América Latina.

Com a separação dos Los Novos Shain’s no final de 1969, o guitarrista Pico Ego-Aguirre decidiu formar uma banda com as características sonoras dos grupos que faziam sucesso na época, como The Jimi Hendrix Experience, Deep Purple, Black Sabbath, Led Zeppelin e Cream.

Pico Ego-Aguirre, na liderança e guitarra do PAX.

Talvez se apegando aos bordões “flower power” e “paz e amor” ainda em voga na época, Aguirre decidiu nomear sua nova banda de “Pax”, termo em latim que significa paz.

PAX nas montanhas de Cusco. Em destaque, Miguel Flores
com um dos seus tradicionais ponchos e chapéu peculiares.

Cartaz anunciando show do PAX em Lima, no Peru, 
na década de 1970.

Durante 1972 fizeram muitas apresentações, cantando sempre em inglês, com outros grupos nacionais, como El Álamo, Tarkus, La Nueva Cosecha e Telegraph Avenue, pelas principais cidades do Peru.

Uma das atrações da banda era o baterista Miguel Flores, que costumava se apresentar com chapéu e ponchos, típicos das montanhas de Cusco, decorados com lantejoulas num estilo glam andino.

PAX on stage...


Ainda no início de 1972 gravariam e lançariam o álbum, May God and your will Land You and your Soul miles away from Devil.




Embora fossem bastante popular no seu país ao ponto dos fãs fazerem até um pequeno altar para a banda no famoso Trocadero del Callao (um bordel famoso nos anos de 1960), eles nunca tiveram a oportunidade de excursionar ao exterior, apesar de serem solicitados para se apresentarem na Argentina e Espanha. Talvez pela falta de experiência, desorganização e falha de gestão profissional da banda.

Trocadero del Callao, o bordel que tinha um altar para o PAX.

Em 1973, o baixista Slick Aguilar apaixona-se por um conterrânea e retorna de forma definitiva aos Estados Unidos. Ele foi substituído por Rafel Ego-Aguirre. Pouco depois, o vocalista Jaime Orué se mudaria para a Alemanha e Gerardo Manuel ocuparia seu posto.

PAX, na versão de 1974.

Em 1974, Gerardo Manuel se ofereceu com vocalista e convidou o grupo para gravar pelo selo El Virrey, com Walter La Madrid no baixo, Freddy Macedo nos teclados e Miguel Flores na bateria, mas este último sofreria um acidente de trânsito que o deixou incapacitado por um ano. Em seu lugar na bateria entraria Richard “Bimbo” Macedo.

Com essa formação gravariam dois compactos (45 RPMs): “Exorcism” / “Mr. Skin” e “Radar Love” / “Dark Rose”.

Compacto que continha "Radar Love" e "Dark Rose".



Com o endurecimento da ditadura militar de Juan Velasco, a banda entrou num período de hibernação imposto por Pico Ego Aguirre e só retornaria no início da década de 1980.

Ainda em 1977 a banda chegou a se apresentar esporadicamente como Pax Demonium, tendendo seu som para o jazz rock, hard progressivo e instrumental.

Com a explosão da Disco Music no fim da década de 1970 e início de 1980, a banda e o som que representava ficou em segundo plano na preferência do público e mídia.

PAX, como quarteto em 1985.

No final de 1983, Pico Ego Aguirre convocou outra formação e começaram a tocar as músicas em espanhol. Em 1984, gravaram alguns singles como “Extermínio” e “Radar do Amor”, pela Sono Radio. Em 1987, como um trio, a banda fizeram algumas turnês pelo Peru.

Em 2008, Pico, com nova formação para o PAX, faz abertura para o show do
Deep Purple no Estádio Nacional do Peru.

Para coroar a trajetória da banda, surgiu a grande oportunidade de se apresentar com o veterano Deep Purple no Estádio Nacional do Peru, em 2008. Pax, agora trio e mais um convidado, composto com Jorge Mora, voz; Pico Ego-Agguirre, guitarra; Nicolas Mantani, na bateria; e Lynn Stricklin, nos teclados, haviam se reunido há apenas quatro meses e foram convidadas para abrir o show histórico.

PAX, o trio de 2008.

Nas décadas seguintes o PAX ainda fez alguns retornos para matar saudades dos palcos e dos fãs fiéis.

PAX, a pioneira e eterna banda de hard rock da América Latina.


Disco recomendado – Link: https://youtu.be/ccKmVYOaFE0?si=PCh8XV67BUjsgJER

Por Eumário J. Teixeira.

27 de jun. de 2024

BRIAN DAVISON'S EVERY WHICH WAY - SÉRIE BANDAS DE ROCK QUASE FAMOSAS

 BRIAN DAVISON'S EVERY WHICH WAY


Introdução: Uma banda que “de toda maneira” me agradou, pena que não prosperou na estrada do rock, ainda que num único trabalho registrado em disco, mereça sempre ser lembrado e destacado pela simplicidade, suavidade e, sobretudo, pela qualidade. Dizem que a venda do disco Every Which Way foi muito abaixo do esperado e praticamente passou despercebido pelo público, desanimando o grupo que tinha feito um trabalho primoroso, impecável. Hoje esse excelente trabalho do Brian Davison’s Every Which Way é cult para os aficionados e garimpeiros do rock. 

Brian Davison na bateria...

Gênero Musical – A banda se encaixa perfeitamente no gênero “jazz rock progressivo” com leves pintadas blues & soul. 

Período de Atuação - 1970 


Membros da Banda – Brian Davison (bateria), Graham Bell (vocalista, tecladista, compositor), Alan Cartwright (baixista), John Hedley (guitarrista) e Geoffrey Peach (saxofonista, flautista). 


Discografia – Brian Davison’s Every Which Way - Every Which Way (1970), pelo selo Charisma. 

Breve Histórico da Banda – A banda foi recrutada pelo baterista britânico Brian Davison (1942 – 2008) logo após o fim do grupo que integrava, The Nice, no início de 1970.

Davison já tinha algo em mente e não demorou convocar o excelente Graham Bell, ex-vocalista da banda Skip Bifferty. Logo chamou o baixista Alan Cartwright e a seguir convidou o guitarrista John Hedley e o saxonista Geoffrey Peach. 


O som da nova banda se inclinava para o rock progressivo com pitadas de jazz, que atendia perfeitamente as tendências de Brian Davison.

As 6 faixas do disco são muito agradáveis e de alto padrão, valorizadas pela voz agradável e competente de Graham Bell e ainda bem temperadas pelos belos solos de saxofone de Geoffrey Peach, contando ainda com a bateria inteligente e eficiente de Davison, a técnica distinta do baixo de Cartwright e a guitarra econômica, mas de muita sensibilidade de Hedley.


O som da banda foi muito elogiado e comparado à bandas sofisticadas como Savoy Brown, Traffic e Van der Graaf Generator.


Mas inexplicavelmente a banda se dissolveu, com Alan Cartwright indo ingressar no Procol Harum; o próprio Brian Davison se juntou ao companheiro Lee Jackson (baixista e ex-The Nice) e ao tecladista suíço Patrick Moraz para formarem o Refugee, em 1973, grupo que também só lançou um disco um ano após a formação; o guitarrista John Hedley praticamente desapareceu do cenário musical após esse trabalho; Graham Bell formou o empolgante, mas breve, Bell + Arc e outros projetos solos; e Geoffrey Peach continuou em trabalhos esporádicos como músico. 

Disco recomendado – Link: https://youtu.be/n9qFDNGdTdI?si=TH30fI_6zFBWNz9N

Por Eumário J. Teixeira

BELL + ARC - SÉRIE BANDAS DE ROCK QUASE FAMOSAS

 BELL + ARC


Introdução - Mais uma banda britânica que teve vida curta, talvez porque não tiveram o retorno comercial esperado ou quem sabe romperam por divergências internas; mas seja lá o que aconteceu, esse grupo realizou um trabalho ímpar. O único álbum gravado apresenta uma sonoridade do típico pop rock inglês, envolvente e dinâmica, mas visceralmente temperado com elementos da música negra norte-americana. 


Gênero Musical - Pop rock britânico influenciado por soul, funk, gospel & country rock. 

Período de Atuação -  1970 a 1972 




Membros -  O grupo Arc era composto por John Turnbull, na guitarra e voz; Mickey Gallagher, nos teclados e voz; Tommy Duffy, no baixo e Dave Trudex, na bateria. Com o ingresso de Graham Bell nos vocais principais, a banda passou a se chamar Bell + Arc. Em seguida, o baterista Trudex sai e é substituído por Rob Tait, que por sua vez também abandona o posto para a entrada definitiva de Alan White. 


Discografia – Bell + Arc – Bell + Arc (1971) 

Breve Histórico da Banda – O grupo “Arc” tinha lançado um álbum, Arc at this (1970), mas no ano seguinte encontraram-se com o vocalista Graham Bell recém saído da banda “Brian Davison’s Every Which Way”, que durou apenas um ano, mas em tempo de lançarem um único disco, Every Which Way, uma verdadeira obra prima do rock.


Tantos os membros do Arc como Graham Bell estavam decepcionados com a recepção de seus trabalhos recentes e assim resolveram se juntar formando o “Bell + Arc”.

Bell já conhecia o guitarrista John Turnbull e o tecladista Mickey Gallagher da banda Skip Bifferty, da qual os três foram integrantes.

A voz de Graham Bell agora estava mais poderosa e versátil, ele tinha evoluído como vocalista desde sua passagem pelo Skip Bifferty e Every Which Way. Poderia facilmente oscilar entre o pop rock, blues, soul e jazz. Já o comparavam a Joe Cocker ou Paul Rodgers.

John Turnbull neste trabalho se mostra à vontade com os pedais wah wah e consegue fazer sua guitarra pegar fogo como também explorar o ritmo na hora certa.

Os teclados do piano de Mickey Gallagher parecem se impor com o ritmo básico da banda, apesar de deixar transparecer suas tendências de “killer”, lembrando a Jerry Lee Lewis.


Em resumo, Bell com o Arc formaram um grande grupo, competente e promissor, deixando um álbum muito bom para a posteridade, que hoje é muito valorizado pelos estudiosos do rock. Mas os caminhos da música são incertos, incompreensíveis e, às vezes, frustrantes.

Disco recomendado – Link: https://youtu.be/5VPPfFMtopQ?si=DgzL5eKmiXxLCCOp

Por Eumário J. Teixeira