8 de out. de 2012

PAUL WASHER: MENSAGEM AOS CRISTÃOS BRASILEIROS


Paul Washer veio ao Brasil para participar da Conferência Fiel de 01 a 05 de outubro em Águas de Lindóia – SP e nos dias 05 e 06 de outubro no Rio de Janeiro. Sua mensagem como sempre foi direta e piedosa e deve ter impactado muitos corações endurecidos. Paul Washer ainda deixou uma mensagem aos cristãos brasileiros em vídeo (disponível no youtube) e aqui transcrita na íntegra.

Olá, meu nome é Paul Washer e estou aqui no Brasil pela primeira vez em meus 30 anos de ministério. Eu acabei de pregar e, agora, estou indo pregar em outro lugar, mas gostaria de dizer um “oi”  e cumprimentar os cristãos aqui do Brasil.
Eu também quero encorajá-los a estudar as Escrituras e comparar o que vocês têm aprendido nas Escrituras com outros crentes piedosos ao longo das eras. Sejam muito cuidadosos com o evangelicalismo moderno e com todas essas coisas que estão acontecendo.
Aprendam a andar na simplicidade da obediência. Aprendam a andar em santidade. A maior paixão de vocês deve ser estar cada vez mais devotos à pessoa de Cristo. Entendê-lo, entender o que Ele fez por vocês e servi-lo com tudo o que vocês têm.
Nós vivemos em um mundo muito corrupto, agora. Um mundo que está extremamente caído e que expressa a sua raiva e hostilidade contra Deus. Devemos perceber que viver em um lugar tão corrupto também pode nos contaminar. Então, sejam muito cuidadosos com o modo que vocês andam. Não andem como o tolo, mas andem como o sábio.
Estudem a Bíblia todos os dias de suas vidas. Vivam em seus joelhos. Levem toda necessidade, “tudo a Deus em oração”.
Para vocês, jovens cristãos, uma das melhores coisas que eu posso recomendar é algo que tenho praticado por muitos anos: leiam sistematicamente toda a Bíblia. Comecem em Gênesis e leiam tudo até Apocalipse; e, quando acabar, comecem tudo de novo.  Outra coisa maravilhosa que irá ajudá-los a crescer no conhecimento da Palavra é: se enquanto lêem a Bíblia vocês não entenderem algo, peguem um caderno e escrevam uma breve pergunta sobre o que não entenderam e continuem lendo. O que acontecerá de maravilhoso é que, quando vocês voltarem a ler a Bíblia inteira novamente, pela segunda vez, vocês serão capazes de responderem muitas das suas perguntas com as próprias Escrituras. Enquanto fazem isso, vocês crescerão gradualmente no conhecimento de Deus e de Cristo.
Outra coisa que quero recomendar é isto: se vocês estiverem estudando muito as Escrituras, horas por dia, mas sem oração, então muito desse conhecimento se tornará em orgulho e não produzirá muita piedade em suas vidas. Então, vocês precisam estudar as Escrituras, mas também precisam orar. A oração não é apenas intercessão, mas, também, simplesmente estar com Deus. Vocês poderiam inclusive estudar as Escrituras de joelhos. Muitas vezes, eu ajoelho ao lado de minha cama e coloco a Bíblia sobre ela e leio o texto de joelhos. Quando algo chama minha atenção, eu as elevo a Deus; e quando vejo algo nas Escrituras que não vejo em minha vida, peço para Deus me ajudar, naquele exato momento.
Sabe, o grande desejo de Deus para vocês é conformá-los a imagem de Seu Filho, Jesus Cristo. Isso não acontecerá se forem apáticos e passivos. Paulo fala inclusive de como precisamos nos disciplinar.
Deixe-me repetir isso. Estudar as Escrituras, mas sem pular por elas. Leia de Gênesis até Apocalipse. Além disso, vivam uma vida de oração; não somente a oração, mas também a memorização da Escritura, pois vocês não poderão ter a Bíblia aberta diante de vocês durante o dia inteiro. Então, aprendam a memorizar a Escritura. Vocês sabiam que existem pessoas que memorizaram o Novo Testamento inteiro, todos os Evangelhos, o livro inteiro dos Salmos, e coisas assim? Vocês também conseguem! Eu me lembro de conversar com um homem que é bem conhecido pela sua capacidade de memorização da Escritura. Eu disse: “irmão, Deus lhe deu um dom para memorizar tantos trechos das Escrituras”. Você sabe o que ele me disse? Ele disse: “Não, de forma nenhuma. Eu simplesmente me esforcei mais do que você”.
É isso que eu quero que vocês vejam. Para mim, não é fácil ler a Bíblia sempre, não é fácil orar, porque a carne odeia isso. Então, o que vocês precisam entender é que todos nós precisamos lutar contra a apatia. Todos nós precisamos lutar contra a preguiça espiritual. Porém, são aqueles que lutam contra isso que prevalecem e progridem em santidade. Isso é muito, muito importante. Vocês não se santificarão, vocês não crescerão em sua conformidade com Cristo sem fazer nada.
Deus os abençoe. Eu oro que Ele lhes prospere em tudo, conforme a Sua vontade. Deus os abençoe.

Por: Paul Washer © HeartCry Missionary Society | hcmissions.com

Obs.: Mais informações em textos e vídeos sobre a palavra de Paul Washer no Brasil no site Voltemos ao Evangelho

2 de out. de 2012

OS 10 MAIORES GUITARRISTAS - PARTE I - DE JUMP BLUES, ROCK & ROLL, SURF & INSTRUMENTAL ROCK


Muitas listas com os nomes dos maiores guitarristas da história da música circulam pela internet e revistas especializadas. A cada classificação de tais nomes geralmente é baseada na capacidade técnica e habilidade de cada músico, o que é o bastante para gerar muita controvérsia. Para exemplificar, há certo consenso no que se diz respeito sobre quem seria o número um da lista, o maior de todos. O nome que mais aparece no primeiro lugar é o de Jimi Hendrix. Já a partir do segundo classificado acontecem muitas variações, revezando os nomes de Eric Clapton, Jeff Beck, Jimmy Page, Eddie Van Halen, etc. Como alguns gêneros musicais são desprezados nessas relações e nomes como Django Reinhardt e Dick Dale, geralmente ficam de fora, elaborei quatro listas com guitarristas considerados especialistas em seu gênero musical, sendo que a classificação de cada relação vai de um a dez. Não considerei apenas a habilidade técnica do guitarrista, mas também sua importância dentro do(s) gênero(s) que representa. Não sou um conhecedor profundo do assunto, nem ao menos sou músico, mas me baseei nos discos que já ouvi e no que li sobre a história da música em geral, considerando também o meu gosto pessoal. As listas estão divididas em quatro gêneros assim classificados: 1 – Jump Blues, Rock & Roll, Surf & Instrumental Rock; 2 – Blues Acústico & Elétrico; 3 - Blues Rock & Heavy Rock; e 4 – Jazz & Fusion.

01- Chuck BerryGuitarrista, compositor e vocalista afro-americano, nascido em 18/10/1926, considerado o “pai do rock & roll”, autor do clássico do gênero, “Johnny B. Goode” (que tem o famoso riff copiado de Carl Hogan), que todo guitarrista que se preze tem que saber tocar. Suas maiores influências na guitarra foram Charlie Christian, Carl Hogan, T-bone Walker e Muddy Waters. Chuck Berry se considera um “bluesman frustado”, reconhecendo que não tinha voz para o gênero, seu padrinho de gravação foi ninguém menos que Muddy Waters. Chuck sempre teve como uma das principais atrações em suas apresentações, a execução do “duck walk” atravessando o palco enquanto sola, para  o delírio do público. Seu estilo influenciou diversos guitarristas do rock, como Hank Marvin, Bob Bogle, John Lennon, Johnny Winter, John Forgety e Keith Richards do Rolling Stones, que incorporou seus trejeitos e seu estilo de tocar, sendo declaradamente seu fã número um. Alguns de seus inúmeros hits são, além de “Johnny B. Goode”, “School Days”, “Sweet Little Sixteen”, “Little Queenie”, “Carol”, “Almost Grown”, “Reelin’ And Rockin’”, “Nadine”, “Rock And Roll Music”, “Roll Over Beethoven”, entre outros. De sua discografia posso citar os essenciais One Dozen Berrys (1958), Chuck Berry Is On Top (1959); St. Louis To Liverpool (1964); London Sessions (1972) e Hail! Hail! Rock ‘N Roll (1987).

02 – Carl HoganGuitarrista, baixista e compositor afro-americano que atuou inicialmente nas Jeter-Pillar’s Orchestra e George Hudson’s Orchestra. Durante a década de 1940 fez carreira na banda The Tympani Five de Louis Jordan, que fazia um som considerado precursor do rock & roll, com uma mistura de jump blues, R&B, big band e muito swing. Seus riffs foram copiados por ninguém menos que Chuck Berry, que nunca negou a influência de Hogan no seu estilo; outro fã declarado de Hogan é B. B. King. O riff de Hogan em “Just Like A Woman (They’ll Do It Every Time)” de 1946, foi copiado por Berry 12 anos depois em “Johnny B. Goode”. As participações de Hogan com os Tympani Five de Jordan ficaram registradas em trilhas sonoras com “Look Out Sister” (1946) e “Reet, Petite, And Gone” (1948), e também nas gravações em estúdio das faixas “Choo Choo Ch’Boogie”, “Don’t Worry ‘Bout That Mule”, “Ain’t Nobody Here Us Chickens”, “Jack, You’re Dead”, “Let The Good Times Roll”, “Open The Door, Richard”,  “Boogie Woogie Blue Plate”, “Jack, You’re Dead, e “Early In The Mornin’”.

03 – Earl  HookerGuitarrista afro-americano de muitos recursos técnicos, nascido em 15/01/1929 e, ao contrário do que se pensa, não se limitava ao blues, se sentia confortável em tocar também o country, folk, jazz, funk e até surf-rock. Suas gravações são essencialmente instrumentais, sem vocal, com raras exceções. Foi considerado pelos colegas do ramo como “o músico dos músicos”, sendo constantemente convocado para gravar em estúdio em discos de artistas consagrados como John Lee Hooker (seu primo) Sonny Boy Williamson II e Junior Wells. Faleceu precocemente aos 40 anos em 21/04/1970. Discos (cds) recomendados de Earl Hooker: Two Bugs & A Roach e Sweet Black Angel , ambos de 1969.

04 – Eddie Cochran Guitarrista e vocalista norte-americano, nascido em 02/10/1938. Foi um dos primeiros guitar-heroes brancos surgido no final da década de 1950. Seu estilo abrangia os gêneros rock & roll e rockabilly e seu modelo de guitarra Gretsch 6120 ficou imortalizado após sua morte precoce em 17/04/1960. Ficou conhecido pelos sucessos “C’Mon Everbody” e “Summertime Blues”, regravado pela banda de britânica de rock, The Who.

05 – Duanne  EddyGuitarrista norte-americano, nascido em 26/04/1938. Seu estilo de música instrumental ficou caracterizado pelo “Twangy” ou som estalado, graças à exploração das notas graves da guitarra, resultando num som grave e tremulante. Diz a lenda, que Duane Eddy desenvolveu o som “twangy” graças a uma idéia do seu parceiro Lee Hazlwood que comprou um tanque de água e o usou como uma câmara de eco acentuando o efeito da Gretsch de Duane na gravação de “Moovin’ ‘n’ Groovin’”, em 1957. Seus hits mais famosos são “Rebel Rouser”, e sua versão do tema “Peter Gunn” de mesmo nome da famosa série policial da TV no final dos anos de 1950. Dois de seus maiores fãs foram Hank Marvin dos Shadows e George Harrison dos Beatles.

06 – Hank B. MarvinGuitarrista, banjoísta e pianista, britânico, nascido em 28/10/1941. Foi fundador da banda instrumental The Shadows, que também foi a banda de apoio, por um período, do vocalista Cliff Richard. O vibrato e o eco se destacavam no som da guitarra de Marvin à frente do The Shadows. Alguns de seus hits foram “Apache”, “Geronimo”, “Dance On” e “F. B. I.”. The Shadows foi considerada a banda mais influente antes da era Beatles.

07 – Bob Bogle Guitarrista e baixista norte-americano nascido em 16/01/1934. Ele e o guitarrista rítmico Don Wilson fundaram a banda instrumental The Ventures, considerada rival da inglesa The Shadows. O uso do tremolo (técnica de palhetar rapidamente uma mesma nota) era o que caracterizava o estilo de Bogle. O tema da série de TV “Hawaii Five-Zero” (1968-1980), obteve uma ótima versão de Bob Bogle e The Ventures; outros sucessos foram “Walk Don’t Run”, “Perfídia” e “Surf Rider”. Bogle, ainda no início dos anos de 1960, passa a guitarra solo dos Ventures para o novo membro, Nokie Edwards, e passa a assumir o baixo. Bob Bogle influenciou guitarristas do rock como John Forgety, Steve Miller, Joe Walsh e Steve Ray Vaughan. Ele faleceu em 14/06/2009.

08 – Steve CropperGuitarrista e produtor musical norte-americano nascido em 21/10/1941. Seu estilo econômico, mas eficiente com base no R&B, soul e funk, se caracterizava mais pelo ritmo do que pelo solo. Integrou o grupo de estúdio The Mar-Keys (da Stax Records) e, em seguida, deixando os instrumentos de sopro dos Mar-Keys de lado, foi formada a banda instrumental Booker T. & The MG’s, liderada por Booker T. nos teclados, com Al Jackson na Bateria e pelo excelente Donald “duck” Dunn no baixo; quem nunca ouviu “Green Onions”, que foi “roubada” por Sonny Boy Williamson II para revestir “Help Me” ?. Steve fez parcerias interessantes com músicos do blues, soul e rock. Tocou para  a dupla de soul Sam & Dave; para o vocalista de blues e R&B, Rufus Thomas; e fez o ritmo na guitarra para Albert King nas gravações das famosas “Born Under A Bad Sign” e “Crosccut Saw”. Compôs com o soulman Eddie Floyd, a música “Knock On Wood”; e com Otis Redding, pouco antes deste falecer, “(Sittin’ On) The Dock Of The Bay”. Steve Cropper ainda integrou nos anos de 1980/90, a banda The Blues Brothers de John Belushi, Don Aykroyd e do lendário guitarrista Matt “Guitar” Murphy.

09 – Roy BuchananGuitarrista, baixista, compositor e vocalista norte-americano nascido em 23/09/1939. Admirado por seus próprios colegas de profissão pela sua técnica apurada. Foi considerado o “guitarrista desconhecido mais famoso do mundo”, pois ninguém nunca entendeu porque ele nunca alcançou o reconhecimento merecido ainda em vida. De temperamento difícil e sarcástico, fazia sua Fender Telecaster gemer e chorar através de seus solos incríveis e imprevisíveis. A base do seu som, essencialmente instrumental, era o blues, mas desenvolvia qualquer tema com extrema sensibilidade, seja rock, folk, country ou jazz. Roy Buchanan faleceu em 14/08/1988 em circunstâncias obscuras. Alguns dos muitos discos recomendados de Roy Buchanan são Roy Buchanan (1972), Second Album (1974), A Street Called Straight (1976), e When The Guitar Plays The Blues (1985).

10 – Dick DaleGuitarrista, trompetista, saxofonista, baterista, acordeonista, gaitista e vocalista norte-americano nascido em 04/05/1937, conhecido como o “rei da surf-guitar” nos anos de 1950. Dale foi descoberto nas praias da Califórnia em 1955 tocando para surfistas, por Leo Fender, o criador da Fender Stratocaster, que não hesitou em usar o jovem guitarrista para testar suas guitarras. Canhoto, Dale usa sua Stratocaster invertida sem trocar as posições das cordas. Com sua guitarra dourada chamada de “The Beast”, Dale detona um som cheio de escalas “exóticas” desenvolvidas por influências de tribos nativas e de músicas folclóricas do leste europeu e do Oriente Médio herdadas de seus pais. E ainda através do efeito de reverberação (reflexão múltipla de uma freqüência de som), reproduz algo parecido com o “som das ondas do mar”. Para definir seu som, Dale estourou 48 amplificadores e arrebentou inúmeras cordas da sua guitarra, até que adaptasse todo o equipamento à sua pegada, que ele mesmo chama de metralhadora de “staccato”. Se Chuck Berry foi o “pai do rock & roll”, Dick Dale que foi já considerado “pai do heavy metal”, é sem sombra de dúvidas o criador do som que caracterizou o surf-rock, já que ele também era surfista e sempre tentou reproduzir com sua guitarra a sua relação amorosa com o mar. Em suas apresentações ele sempre usa uma unidade de reverberação (The Fender Tank Reverb) desenvolvida por Leo Fender especialmente para ele, e é também conhecido por sua rapidez e alto volume com que toca. Sua versão do hit “Misirlou” foi redescoberta com o sucesso do filme Pulp Fiction (1994) de (seu fã) Quentin Tarantino; outros grandes sucessos de Dick Dale And His Del-Tones foram “Pump It”, “Surf Beat”, “Jungle Fever”, “Let´s Go Trippin’”, “The Wedge”, “Night Rider”, “Summer Surf”, “Oh Marie”, “Mr. Eliminator” e “King Of The Surf Guitar”. Dick Dale foi homenageado por Jimi Hendrix que compôs “Third Stone From The Sun” para ele, que foi regravada pelo próprio Dale e também por Stevie Ray Vaughan, outro de seus fãs fervorosos. Alguns discos essenciais de Dale são: Surfer’s Choice (1962); King Of The Surf Guitar (1963); Checkred Flag (1963); Mr. Eliminator (1964); Summer Surf (1964); Tribal Thunder (1993) e Spacial Desorientation (2001).

Por Eumário J. Teixeira.

Aguardem a segunda lista com 10 guitarristas de Blues Acústico e Elétrico.