7 de mai. de 2016

AC/DC - O FIM CHEGOU?


Os últimos acontecimentos não estão cooperando para manter a longevidade da banda australiana AC-DC. Seus integrantes estão ficando inoperantes com o passar do tempo por diversos motivos, que variam de problemas com a lei a graves complicações de saúde.
Da formação clássica, considerando que o baixista Cliff Williams substituiu o baixista Mark Evans, logo após o lançamento de Let There Be Rock (1977) e nunca mais saiu, a maioria dos outros integrantes permaneceram firmes na virada do século XXI, com exceção do vocalista Bon Scott morto em 1980 e do baterista Phil Rudd que saiu alegando estafa, após o lançamento de For Those About to Rock (1981), sendo substituído por bateristas flutuantes (Simon Wright e Chris Slade) até voltar definitivamente no álbum Ballbreaker (1994).

Formação da década de 1970, da esquerda para direita: Bon Scott, Phil Rudd,
Malcom Young, Angus Young e Mark Evans

Formação do final da década de 1970, da esquerda para a direita: Cliff Williams,
Bon Scott, Phil Rudd, Angus Young e Malcom Young
Em 2014, Phil Rudd ainda participaria do excelente álbum Rock or Bust, mas no ano seguinte não se integraria à turnê de divulgação e não voltaria mais à banda por causa de problemas na justiça devido acusações de ameaças e conspiração para assassinato.  Novamente Chris Slade tomaria seu lugar com muita competência.

A obra prima com Bon Scott

A obra prima com Brian Johnson
Um situação mais grave contribuiu com a substituição do vocalista original, o lendário Bon Scott, morre em 1980 aos 33 anos por causas naturais, ou melhor, sufocado pelo próprio vômito após uma noite de bebedeira. O último trabalho de Scott foi o clássico álbum Highway to Hell (1979). O escolhido para substituí-lo foi Brian Johnson, um vocalista britânico de uma banda quase desconhecida chamada Geordie. Johnson nunca mais sairia da banda, conquistando com muito carisma e garra a fidelidade dos fãs do AC-DC, ainda mais por ter sido participante do insuperável álbum Back in Black (1980).

Formação clássica da banda que conquistou o mundo, da esquerda para a direita:
Cliff Williams, Malcom Young, Brian Johnson, Angus Young e Phil Rudd

AC-DC detonando nos anos de 1980 com Brian Johnson nos vocais
Já Malcom Young, o guitarrista base, considerado o líder da banda e irmão de Angus Young, começou a ter problemas de saúde durante a gravação do álbum Black Ice (2008). Malcom, mesmo medicado, conseguiu finalizar as gravações do álbum. Após rigorosos exames foi diagnosticado um quadro de demência e atrofia cerebral. Malcom ainda participaria da cerimônia do lançamento do álbum ao vivo Live At River Plate (2011), mas já não estava mais participando das gravações ou tocando ao vivo.

O último grande trabalho do AC-DC com Brian Johnson nos vocais

Formação de Rock or Bust (2014) com Stevie Young na guitarra base e Brian Johnson ainda nos vocais
A solução para a ausência de Malcom, foi convocar o primo Stevie Young, que o substituiu surpreendentemente nas turnês e no próximo trabalho da banda, o excelente Rock or Bust (2014).

Áureos tempos do álbum Back in Black com a formação clássica
Duas perdas irreparáveis, Malcom Young e Brian Johnson


Quando tudo parecia se estabilizar, outra bomba em 2016! Há pouco menos de um mês, é anunciado que Brian Johnson, o carismático vocalista que teve a incumbência de substituir o lendário Bon Scott em (1980) teria sido afastado por problemas de audição. Segundo Angus Young, agora líder da banda, o próprio Johnson teria concluído que com sua deficiência auditiva não seria possível estar à frente da banda e cumprir os compromissos já agendados.
Ma as coisas ainda não estão bem esclarecidas sobre a saída de Brian Johnson.

Axl Rose no AC-DC?
Banda atual, da esquerda para a direita: Chris Slade, Cliff Williams, Axl Rose (argh!) Angus Young e Stevie Young
Mas aí vem outra surpresa, que para mim não foi agradável, convocaram o vocalista Axl Rose dos Guns N' Roses para substituí-lo. Axl já estaria participando das turnês do AC-DC como seu vocalista oficial.  Na minha opinião, o AC-DC, uma das minhas bandas prediletas e que fez a trilha sonora da minha vida por muitos anos, deveria cumprir sua agenda de compromissos para o ano e depois encerrar definitivamente com a banda. Pois sem Phil Rudd, Malcom Young e agora, Brian Johnson, não há mais sentido para prosseguirem como banda. É o que eu penso. O que vocês acham?

Eumário J. Teixeira.